PREâMBULO
Para crescer,
é preciso mudar. Quando comecei a fazer a revista EXPRESSõES!, não tinha ideia
de como seria fazer uma revista, como seria mantê-la, sabia, entretanto, de
outras experiências que o básico é ir fazendo. É na manufatura que conhecimento
e prática vão se associando e se desenvolvendo, um puxando o outro para frente,
daí, experimentar, daí, as mutações que essa revista vem sofrendo desde seu
primeiro número, são tentativas e mais tentativas, aprendizado, mais
aprendizado. Não é à toa, portanto, que a cada mês, você, leitor, coça a cabeça
diante de algo que mudou. Apesar do que sugere os grandes manuais de como fazer
uma revista, fazê-la assim é mais divertido. Além do mais, leitor, é step by
step que vamos alcançando nossos objetivos, apresentando uma grande diversidade
de trabalhos, sempre incluindo, sempre fazendo caber.
Para este
mês, temos a inclusão de seção Grande Angular, assinada por Ana Paiva, que
gostou da experiência feita na seção EXTRA, com dois ensaios de fotos
conceituais. A ideia principal da Grande Angular é dar continuidade ao trabalho
já em desenvolvimento. Para a estreia da seção, Ana Paiva preparou o ensaio
Continentes. Ainda sobre fotos - Mari Azuelos adorna com seu trabalho, que é
intrigante e curioso, o entresseções.
Na seção
conto, A Casa dos Mortos, conto de Saulo Gomes de Sousa, que aparece pela
primeira vez nas páginas da EXPRESSõES!. O conto faz parte de um projeto maior,
uma profunda reflexão sobre a morte e as várias formas de tratar dela. Mais
adiante, Alessandro Amorim dá uma dica muito importante para manter sanidade
nesses dias de tumulto e desordem que vivemos, Fuja, Esconda-se: Deixe Só a
Vida Encontrar Você! – é a crônica deste mês.
Em
Decodificando, falo um pouco sobre a transgressão, refletindo sobre o seu
valor, que não é incondicional. Rafael de Andrade, em A Indústria do Horror, no
texto menor que o costume, traz uma reclamação sobre alguns programas de TV e
pondera sobre seus efeitos sobre as mentes humanas. Depois, é hora da Poesia.
Luiz Cochi, Bruno Honorato e Leo Vincey, e eu também, tomamos o espaço. O
resultado é variado. O trabalho de Luiz Cochi chega a lembrar a poesia
percusiva futurista, o de Bruno Honorato aproveita a onda ON, Leo Vincey observa
o homem e a natureza, eu falo de uma coisa para falar de outra coisa. Fechando
a área poética da revista, César Augusto e um convite, em Visões Poéticas:
Vamos Tomar Um Cappuccino?
Para
terminar, Laisa Winter nos fala sobre As Virgens Suicidas, um filme de Sofia
Coppola, aproveitando o ensejo para pensar a missão das mães na Terra.
Espero que
goste.
Porto Velho - Setembro de 2012
José Danilo Rangel
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