PREÂMBULO
O sétimo número da revista contém novidades. Duas estreias:
a seção Retrato, que pretende apresentar nossos artistas, e a Por Dentro da
Cena, assinada pela dramaturga, diretora e atriz, Jória Lima, e que terá como
tema as artes cênicas, como bem demonstra o primeiro artigo publicado: A
Narrativa em Walter Benjamin e a Dramaturgia na Cena Contemporânea. Elias
Balthazar foi o escolhido para ser o primeiro a ser apresentado na seção
Retrato, onde o apresentamos e a sua trajetória que até chegar a literatura,
tem uma parada no Heavy Metal.
Também temos uma poesia do Rubens Vaz Cavalcante, o Binho,
Tribo dos Sem Tribo, um refinado (e revoltado) trabalho sonoro a respeito “de
dizer silêncios”. Na seção conto, temos O Grito, de Leo Vincey, a narrativa é
uma pequena mostra do que se pode chamar “ultraterror”, enriquecida pela
ilustração de Luiz Cochi. No EXTRA, Cláudio Zarco, ator da Companhia de Teatro
Fiasco, nos fala um pouco sobre a apresentação do Dragão de Maracapana no
FESTAC, Festival de Teatro do Acre. Rafael de Andrade, no seu modo enérgico e
categórico, primeiro, com sua crônica, Arte Erudita e Indústria de Massas, nos
apresenta uma interessante leitura dos processos que originam a arte erudita e
a outra, nem tão erudita assim, e em Novas Oligarquias, Velhas Covardias,
questiona a intenção de certos grupos que se montam. Eu, contribuo com uma
reflexão sobre a forma e a expressão em Bilac e a Forma Fria e Espessa,
homenageio dez livros que me disseram a ainda dizem muito. Fora isso, mais uma
poesia: Um Tipo de Orgulho.
Como sempre deu muito trabalho para fazer a revista,
trabalho para muitos, e aceitamos o desafio por um motivo: esperamos que a
revista lhe diga algo.
Obrigado.